A nau emborca


Ninguém mais tem dúvidas. Requião e o seu PMDB familiar devem colher a maior derrota eleitoral de toda a história. A começar por Curitiba, onde ele e seu candidato, Carlos Moreira (foto), não encontram maneira de sair do atoleiro.

Pior. Nesse naufrágio impávido o Duce leva com ele as esquerdas que abrigou à sombra do pendão do fisiologismo.

A esquerda, nestas plagas, é capaz de muitos equívocos. Entre outros, curte a certeza de que deve sair atrás do primeiro populista nacionaleiro que passar para embarcar no trem da história.

Tem sido assim. A esquerda nativa, com raras exceções de lucidez, entrou nessa esparrela do Requião, o Duce do Canguiri, e vibra com as suas bravatas. É patético. Ver homens que já tiveram idéias e posições a bater palminhas no papel humilhante de claque de programa de auditório na TV estatal.

Outra face da indignidade, pois, a esquerda se entrega sem pejo em troca de um cargo em comissão ou de uma penca de benesses, entre elas o de nomear sobrinhos e sobrinhas para fazer o papel de herói doméstico.

Agora, pressente o fim de feira. Tem nariz para perceber a deterioração rápida de um governo que se compraz com o nepotismo e o patrimonialismo do chefe. Alguns já andam por aí procurando novo pasto, novo líder, para não perder a prebenda.

A esquerda, para ser contemporânea do mundo, deve é brigar por melhores salários, justa distribuição de renda e, como conseqüência, educação para todos. Parar com essa mania de movimento estudantil e entender o mundo em sua complexidade, que exige mais do que contar com o voto do analfabeto ou aos 16 anos, acreditando que isso a favorece.

Quanto aos púberes, deixemos que amadureçam, como se faz onde a civilização pegou e o povo deixou de apanhar a algum tempo. Para perceber, inclusive, que quem botou fogo em Roma foi a turma do imperador, não foram os cristãos.

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