O que se fazer em um país onde o analfabetismo literário predomina, a televisão é o principal meio de informação e o povo é passivo a ponto de deixar que coloquem seu país abaixo sem fazer nada? A resposta é desconhecida até então. O problema é quando, o único meio de fazer com que as pessoas criem uma opinião e tenham consciência do que anda acontecendo no Brasil, nos trai, fazendo apenas o necessário para se vender matéria, se tornando veículos de comunicação aproveitadores de oportunidades, o que é verdadeiramente triste.
A mídia brasileira funciona da seguinte forma: aproveita-se ao máximo o acontecimento da semana e espera outro igual ou tão grande para poderem abafar o caso e partir para outra. A exemplo disso, temos o exemplo do acidente com o avião da TAM, o que causou alarde em todo nosso país, nos deixando com um luto eterno por àquelas vítimas do descaso. Não se falava, não se lia, não se ouvia outra coisa, tudo passado pela mídia envolvia o acidente. OK, era de extrema importância se tratar do assunto, e abriu mais ainda a ferida que ronda o sistema aéreo brasileiro, mas o que esta sendo discutido neste artigo, não é a importância das matérias passadas pela mídia e sim a responsabilidade em passar informação com credibilidade e clareza para o público.



NOVA YORK- Barack Hussein Obama cumpre bem o seu papel de Barack Hussein Obama. Ele quer quebrar as barreiras com tato, ambição e determinação. Nada de espetáculo espalhafatoso ou a truculência verbal dos tempos de George W. Bush. Obama surpreendeu ao dar sua primeira entrevista formal como presidente a um canal de televisão do mundo árabe e o tom foi conciliatório. Após a ruptura da era Bush, existe um esforço de conserto. O presidente disse aos muçulmanos que "os americanos não são seus inimigos". Obama falou da necessidade de escutar, não ditar termos e reexaminar os "preconceitos" americanos no Oriente Mëdio.
Há conceitos arraigados. Barack Obama reiterou o compromisso dos EUA com a segurança de Israel e o seu direito à autodefesa, mas sugeriu nesta entrevista que o aliado terá que fazer "sacrifícios" para que haja um Estado palestino viável no futuro. Obama visualiza um grande cenário, no qual a questão palestina não pode ser desvinculada de outros dilemas regionais, como a crise iraniana (aqui ele também acenou com diálogo, embora mantendo a guarda), e faz parte de um amplo arco que alcança o subcontinente indiano.
Em termos imediatos, existe o conflito em Gaza e a dificuldade para que ao menos seja preservado o cessar-fogo. Outra escolha razoável de Obama foi o ex-senador George Mitchell como enviado especial para o Oriente Médio. O homem já está lá, circulando pela região. Vai gastar muita sola de sapato. Mitchell fez o mesmo no ano 2000 quando, na condição de emissário americano, conseguiu irritar israelenses e palestinos (um bom sinal), com recomendações para o congelamento da expansão dos assentamentos judaicos nos territórios ocupados e o repúdio categórico do terrorismo palestino. Seria melhor que escutassem agora, quando as oportunidades diplomáticas são ainda mais estreitas, mas não podem ser descartadas. Um ponto positivo é esta disposição do novo governo americano para um rápido engajamento.
Mitchell não fará milagres (é verdade que costurou um acordo entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte) e Obama não é demagógico a ponto de fixar datas para a criação de um Estado palestino. No cronograma existe a urgência para deter a escalada de destruição e desumanização mútua do inimigo. Obama, é claro, não pode superestimar sua capacidade de conquistar corações e mentes em todas as partes com sua boa prosa.
Maximalistas no mundo árabe-islâmico vão desprezar os gestos conciliatórios. Para eles, Obama já pisou na bola, pois escolheu a televisão Al Arabiya (de capital saudita e mais moderada) para esta entrevista, ao invés da mais estridente Al Jaazera. Do lado israelense, pode ocorrer uma preocupante estridência eleitoral, se Benjamin Netanyahu (o líder da direita) sair consagrado nas eleições de 10 de fevereiro.
Obama cumpre bem o seu papel inicial, mas não é o único dono da cena.



Se as idéias vestissem roupas, hoje, posse do Obama, seria o dia de ver o Bloco das Piranhas passar. Quem era antiamericano até ontem, anti-imperialista até o osso, teria malocado um vestido, tomado um batom emprestado e se travestido não só em crente, mas em crente sorridente nas boas intenções do novo líder daquela que ainda é a maior potência militar e econômica deste planeta. A farda, bem, a farda teria ficado em casa guardada, dobrada.
Fato: idéias não vestem roupas. Mas, mesmo assim, há algo de fantasia, um espírito luxo-originalidade meio Clóvis Bornay, nas opiniões subitamente carnavalescas de quem nunca foi de jogar confete em presidente americano. "Obama veio para mudar", "Obama pode corrigir muitas injustiças globais", "Obama é muito mais sofisticado, não é maniqueísta" – na boa, essa turma de neomadalenas arrependidas sequer ouviu o discurso do Obama? Pode até ser que ele venha a fazer tudo isso, que o diga a voz da esperança audaz (ou histérica), mas, se ele entregar metade do que promete, será do alto de uma "colina", iluminado pelo "farol" do que alguns chamam de "religião cívica americana". A "língua" que o Obama falou hoje é a mesma do Bush, a mesma do Reagan, a mesma do Wilson. A "nação escolhida", a "missão", os "santuários" na forma de campos de batalha, o poder de se transformar olhando para dentro e para cima: esses temas estavam todos lá.
É um exercício anti-histórico, mas creio que, se um caipira republicano tivesse pronunciado o mesmo discurso, os trechos que mais encantaram o "mundo" na boca do Barack seriam os mesmos que fariam a turma trovejar de fúria à moda "No Pasarán". A diferença, que faz dos fardados de ontem as piranhas carnavalescas de hoje, é o ethos da retórica do Obama: o que ele é, o que ele traz, o que ele diz mesmo sem dizer. Em língua de gente, o sujeito é danado. Das duas uma: ou as "piranhas" descobrem isso numa quarta-feira de cinzas qualquer, ou acabarão papadas pelo IMPÉRIO, ao som de Barry White. There ain't no power like soft power, baby.


Mais uma eleição se passou e com certeza continou a permanecer aquela velha e persistente pergunta: será que fizemos a escolha certa? entorno disto se cria uma incógnita. Acredito que ainda podemos mudar o rumo que esse país imenso e diversificado se encontra, basta termos nem que seja o minino de esperança no futuro. Ficar de braços cruzados em frente ao televisor assistindo a sessão da tarde é maravilhoso enquanto o pais se declina no seu proprio mar de lama e caos, por isso digo para todos, LEVANTE-SE!. A hora de mudança pode ser agora ou nunca!. Lute pelo seus direitos, cobre mais dos nossos politicos, procure saber como o dinheiro público está sendo empregado para beneficio da população, ou você é apenas mais um invididuo nas tetas do governo? cuidado, um dia a fonte se esgota... mas acredite nem tudo está perdido!

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