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em breve novidades.


No que pessoalmente lhe diz respeito, o presidente Lula ainda faz cerimônia e resiste formalmente ao terceiro mandato. Não é para menos. Chega de turismo eleitoral. Assinou o ponto em todas as cinco sucessões presidenciais diretas sob a Constituição de 1988. Perdeu três e venceu duas. E vive a incerteza de não saber como será visto pelas costas, depois de deixar o governo em boas mãos. A Constituição de 1946 foi aferida em quatro eleições presidenciais desgastantes e passou no teste de carga política, mas não garantiu a normalidade eleitoral. E quando, finalmente, a oposição chegou ao poder, em sete meses o presidente Jânio Quadros deu inflexão pronominal ao verbo defenestrar, saltou pela janela e se mandou.

Não está muito clara a razão pela qual Lula recusa e, ao mesmo tempo, mantém à vista o terceiro mandato, sem o deixar retirar-se da desconversa política. É o primeiro a lembrá-lo assim que começa a ser menos citado. A cada 15 dias, ele próprio a inclui no monólogo sem fim (ao que tudo indica) para colher os benefícios em pesquisas de opinião. A oposição colabora apenas com veemência estridente cujo efeito é o oposto. A aritmética é o limite e, por mais que as pesquisas estimulem o continuísmo, tudo indica o fim próximo. A marca de 100 por cento seria, por um lado, o fim da linha e, por outro, o começo do desconhecido que já conhecemos. Mais uma vez, a volta ao começo.

Desta vez o presidente estava no exterior e, mesmo assim, reincidiu na dialética de recusar a sexta candidatura sem calcar a mão. Bastou-lhe admitir em princípio, como normal, o terceiro mandato para um presidente indeterminado que, ao fim e ao cabo, vem a ser ele próprio. Lula considera “assimilável” o terceiro mandato, “se for feito democraticamente”. Qual seja, a via plebiscitária. Em lugar de um passo à frente, dois atrás. Na contradição em que galopa, o presidente não perdeu a oportunidade de lembrar, passando de um pólo a outro, que “os primeiros ministros ficam, na Europa, 16 ou 18 anos”. A insistência presidencial em confundir presidente e primeiro ministro não leva em conta a diferença essencial entre presidencialismo e sistema parlamentar de governo. Nem lhe fica bem. É por aí que ele pode se perder, ou se achar, se lhe der na veneta desfraldar a bandeira do parlamentarismo que é, no Brasil, sinal de crise como sintoma e plebiscito à vista como medicação.

Quem sabe Lula converteria o imprevisível na oportunidade a ser preenchida por um debate didático que lhe arrancasse o espanto do personagem de Molière, quando ficou ciente de que era um prosador simplesmente porque não fazia versos. O princípio da exclusão resolve dificuldades teóricas. Depois de dois mandatos insatisfatórios, o presidente levaria um susto se o ministro da Justiça lhe dissesse a queima-roupa que, para compatibilizar mandatos de presidente e de primeiro ministro, o caminho mais curto, passando pela Constituição, é desfraldar a bandeira do parlamentarismo numa batalha eqüestre e pedestre travada no Congresso, onde a oposição montou a obstrução para escorar o dilúvio. Lula poderia então optar entre ser presidente ou primeiro ministro num regime de natureza parlamentar à brasileira. Com o temperamento rouco e o viés turístico do mandato presidencial, estaria bem servido no regime de gabinete, por 16 ou 18 anos, antes de aposentar-se uma segunda vez na vida.

Falta a Lula o "anjo da guarda" para orientá-lo nas oportunidades de ser o que sempre apenas pareceu. Ou de assumir o que sempre quis parecer, qual seja, parlamentarista sem se dar conta de que se desencontrou do endereço do gabinete, evidentemente por culpa da oposição. No caso da defesa que faz do plebiscito como instrumento de governo, não lhe disseram que o voto primário - sim ou não - não passa de falso respeito que o instinto autoritário nem disfarça em relação à democracia. Alguém no PT devia alertá-lo de que popularidade nem sempre tem o aval da democracia. Hitler e Mussolini foram populares até o fim. Eleitos, usaram e abusaram do plebiscito, e nem de longe suspeitaram que pudesse ser infiltração democrática. Plebiscito não oferece o perigo de fazer o jogo da democracia de onde ela tenha sido banida. Ao contrário, faz de conta que é eleição o que não passa de manobra. Ambos, Hitler e Mussolini, serviram-se de plebiscitos para iludir democratas de boa fé e má formação. Plebiscito não passa de baile de máscaras.

Nada de plebiscito. Por trás das pesquisas, os números dizem que 47% dos brasileiros em idade eleitoral querem, implicitamente, Lula por mais tempo. Mas, mostram também que 49% recusam-lhe outro mandato. É um bom sinal que, a esta altura de uma sucessão em caminhada no vácuo, o terceiro mandato ainda esteja inferiorizado na preferência de cidadãos que se manifestam sob garantia de anonimato. Ele também faz parte dos que acham insensato o terceiro mandato, embora a ambigüidade oscilante o exponha ao assédio do plebiscito. Na sua inesgotável hesitação entre a reeleição e o risco de escancarar a porteira, Lula acha que o Brasil deve mandar às urtigas o terceiro mandato, mas deferir aos eleitores a decisão prévia nas urnas: se o eleitorado quiser o terceiro, que agüente com todas as conseqüências. É o que está subentendido na apologia presidencial do plebiscito: é a forma eficiente de auto-destruição da democracia. Na ambivalência das suas relações com a imprensa, mordendo e soprando, ele acredita que a democracia agradeceria se os meios de comunicação escrita se limitassem a servir os fatos com tempero insosso da objetividade, “e não a criá-los”. E desistisse de “ser porta-voz de pensamento político”. Nem percebeu que acabava de propor, de forma sibilina, o que se chamava de censura e que continua disposta a exterminar a democracia pelas costas como Brutus fez com a ameaça de tirania em Roma.

Wilson Figueiredo

O líder.




O líder se assusta enquanto dorme. O povo ameaça o líder? Não,pois se líder é aquele que guia o povo exatamente porque aderiu ao povo. O povo ameaça o líder? Não, pois se o povo escolheu o líder. O povo ameaça o líder? Não, pois o líder cuida do povo. O povo ameaça o líder?
Sim, o povo ameaça o líder do povo.


Clarice Lispector.



e o mais irônico é dizer que acreditam no futuro da nação...


Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos.
Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.
Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” – hoje considerada ingenuidade ou equívoco –, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.
Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na última década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos, o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão. A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por aids.
Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa.A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex-presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria.Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha.
A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade.
Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. “Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”.

Revista Época.


O país assiste bestificado, mais uma vez, aos excessos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No ultimo dia 21, um sábado, quatro seguranças de uma fazenda foram mortos por integrantes do movimento, em São Joaquim do Monte, no Agreste Pernambucano. Nos dias que antecederam o carnaval, o mesmo movimento promoveu uma onda de invasões de terras no Pontal do Paranapanema, no interior de São Paulo. Tudo isso de forma calculada e com objetivos meramente políticos. Usando uma massa de miseráveis como "bucha de canhão", como massa de manobra. Até o nome do movimento é um embuste. Ultimamente, muitos dos membros do grupo são recrutados entre desempregados, sem nenhuma perspectiva de futuro, em pequenos e médios centros urbanos.
Esta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que a lei proíbe o repasse de dinheiro público (o meu, o seu, o nosso dinheiro) para movimentos que praticam atos ilegais. De acordo com a ONG Contas Abertas, entre 2003 e 2008, o governo repassou R$ 47 milhões para entidades ligadas ao movimento sem terra. Não custa nada reforçar: esse dinheiro é meu, é seu, é nosso. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiram que não há ilegalidades nos repasses.
Eu acredito também que não há ilegalidade nenhuma em destinar dinheiro público (o meu, o seu, o nosso dinheiro) para movimentos sociais. Mesmo para aqueles que se assemelham mais a quadrilhas do que a movimentos sociais. A questão não é só de legalidade. Mas de moralidade. Temos que reconhecer que é imoral um governo (qualquer governo) destinar um centavo sequer para o MST. E não adianta crucificar o governo Lula por que o governo FHC também fez isso. Em menores proporções, mas fez.
O MST há muito deixou de ser um movimento social e tornou-se uma quadrilha financiada com dinheiro público (o meu, o seu, o nosso dinheiro). Se for para usar esses critérios, Marcola e Beira-mar podem entrar na fila do financiamento com dinheiro público (o meu...deixa para lá!).


Há poucos dias assistimos à mais uma briga entre torcida e a policia, e novamente dezenas de feridos, aonde vamos parar? não podemos nem mais assistir aos grandes classicos regionais por causa de maus elementos existentes dentro de uma torcida organizada que infelizmente acabam com o grande espetaculo que é proposto ao publico.
Mas ai está a grande e enigmática pergunta... qual é a graça de sair às ruas para confrontar outras torcidas e a policia? sabemos que existe a paixão, mas é valido estrapolar essa paixão a favor da violência? Sinceramente acredito que não. Futebol é arte, futebol serve para alegra esse povo sofrido, serveria para familias se reunirem numa tarde de domingo e desfrutar do espetaculo.
Eu sou a favor de leis mais severas no estatuto do torcedor, acredito que assim poderemos num futuro proximo assistirmos tranquilamente aos grandes classicos sem termos medo de brigas. Precisamos acabar com os Hooligans brasileiros antes que eles acabem tudo...




Ei, povo brasileiro
Não ponha suas crianças nas ruas para mendigar
Pois a saída de nossos problemas é a educação
Se você não teve sua chance
Dê-a seus filhos então

Mesmo que não seja ainda
O momento de lutar pela revolução
Certamente se passou o tempo de buscarmos a nossa conscientização
As crianças são o futuro, mas o presente depende muito de você
Não venda sua identidade cultural
Esse é o maior tesouro que um país pode ter
Alimentar, educar, investir
Mais tarde os seus filhos vão lhe agradecer
Muita atenção no outro quinze de novembro
Quando os homens sorridentes surgem em sua TV
Pois o mensageiro arco-íris
Virá do infinito pra nos presentear
Com o livro de nossa cultura
E a música dos povos para representear
O ressurgimento de nossas raízes
Olhe, sorria, goste da sua cor
Procure sempre sua consciência
E jamais tenha vergonha de falar de amor.


Povo Brasileiro - Natiruts.


Leia e reflita!


Caros amigos, vocês devem se perguntar, por quê a musica brasileira se declinou tanto durante a virada do seculo... eu respondo com total certeza que ainda existe uma luz no fim do tunel. O grande problema está na midia, que usa como arma a falta de cultura da grande parte da população do país, escondendo das grandes massas.
Atualmente não conseguiriamos dizer algum cantor ou banda que venha a ter a mesma importância que teve Renato Russo e Cazuza, esses caras foram fantasticos no que fizeram e querer compara-los é no minino desvirtuoso. Mas vale uma maxima que foi dita por Edgard Scandurra : " Daqui a 20 anos vamos perceber que existia musica boa ", eu espero que esses 20 anos sejam bem menos, o Brasil no momento não necessita de letras melodicos que falam de amores juvenis, necessita sem duvidas de jovens engajados, que tenham uma pequena consciência do estão fazendo com o nosso futuro, que passem a acreditar que existe uma solução e que ela pode estar bem na frente de nossos olhos, basta querer enxergar!


abraços e bom fim de semana!


Preocupado com o aprofundamento da crise econômica no Brasil, o governo Lula anuncia hoje medidas para ampliar o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). O plano é elevar em cerca de R$ 100 bilhões, neste e no próximo ano, os investimentos do setor público no programa, incluídos nessa conta os recursos de empresas estatais, como a Petrobras e a Eletrobrás. Um dos setores que mais receberão atenção nesta nova fase do PAC é o ferroviário.
Por meio de concessões ao setor privado, o governo pretende licitar a construção de novas ferrovias e também de trechos de ferrovias existentes ou em construção. Um exemplo é a ligação da Ferrovia Norte-Sul entre Anápolis (GO) e Panorama (SP). Outro projeto prevê a construção de uma ferrovia entre Ilhéus (BA) e o Estado de Tocantins - a chamada Ferrovia Leste-Oeste - e de uma outra de lá até Rondônia, cujo objetivo é fazer a ligação do Brasil com o Oceano Pacífico, porta de saída das exportações ao continente asiático.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve anunciar hoje uma mudança importante no modelo de concessão. A ideia é que os ganhadores de concessões no setor ferroviário sejam obrigados a investir num determinado prazo, do contrário, perderão a permissão. Hoje, não existe a obrigatoriedade. Assessores do governo informaram que a nova regra valerá também para os casos antigos, de empresas que receberam a concessão de um serviço, mas cruzaram os braços.
“Vamos acabar com essa história da empresa que ganha uma concessão apenas com o objetivo de que seu concorrente não possa explorá-la”, disse um ministro do núcleo decisório do governo em Brasília. Um exemplo de concessão não-explorada, mas já superado, segundo o governo, é o da Ferrovia Transnordestina, a cargo da Companhia Ferroviária do Nordeste, uma subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). “Agora, quem quiser uma concessão será obrigado a explorá-la.”
Ainda no setor ferroviário, a menina dos olhos do governo é o trem de alta velocidade que deverá ser construído entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e o Rio de Janeiro. A obra será incluída hoje no PAC. Como o governo vai promover uma licitação internacional e exigir transferência de tecnologia, o plano é criar o Instituto Ferroviário, uma pequena estatal voltada para a administração dessa tecnologia e a elaboração do planejamento estratégico do setor, a exemplo do que faz a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) no setor elétrico.
Há uma explicação óbvia para o esforço do governo em aumentar os investimentos públicos. Os investimentos do setor privado, que vinham crescendo, antes da crise, a uma velocidade 2,5 vezes superior à do Produto Interno Bruto (PIB), estão evaporando. Os dados da produção industrial divulgados ontem pelo IBGE mostram que a categoria de uso que mais caiu em dezembro foi a de bens de capital (máquinas e equipamentos) - 22,2% em relação a dezembro de 2007 (resultado já dessazonalizado).
As empresas, portanto, pisaram no freio no que diz respeito à compra de máquinas para sustentar a expansão da produção. Os números do último trimestre de 2008, justamente a fase mais aguda da crise, até agora, para o Brasil, vão certamente mostrar forte recuo da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o indicador que mede a taxa de investimento da economia.
Para se ter uma ideia, no terceiro trimestre do ano passado, a FBCF expandiu 19,69% em relação ao mesmo período de 2007, levando a taxa de investimento nominal a 20,42% do PIB. É verdade que, como a economia vinha crescendo de forma acelerada - entre julho e setembro passados, avançou 6,8% em termos anualizados -, as empresas estão agora desovando estoques, num processo que pode levar alguns meses ainda para ser concluído - quando isso acontecer, presume-se que a produção volte a crescer, embora não nos níveis anteriores ao da crise.
Não é à toa, portanto, que o governo conte com a Petrobras para alavancar investimentos no setor produtivo. Em 2007, a Petrobras respondeu, sozinha, por 9% da Formação Bruta de Capital Fixo do país. Neste ano, com os US$ 28,6 bilhões (cerca de R$ 66,3 bilhões) em novas aplicações já anunciados, a estatal deverá aumentar a sua proporção na FBCF, uma vez que o setor privado está retraído.
De sua parte, o governo quer ampliar, em 2009, os investimentos da administração direta. Em 2008, o PAC (excluído o dinheiro de estatais e empresas privadas) representou apenas 24% do investimento pago pela União, em meio a um total que chegou a 0,9% do PIB (cerca de R$ 27 bilhões). A meta, agora, é elevar esse valor para pelo menos 1,2% do PIB. Já a Petrobras investiu, no último ano, o equivalente a 1,1% do PIB e pretende aumentar sua fatia neste ano para algo em torno de 2% do PIB.
O esforço do governo para ampliar os investimentos, desde mantendo o curso da responsabilidade fiscal, é louvável. Por causa da crise, Brasília tomou a si a responsabilidade de fazer os investimentos para manter a economia crescendo. O problema é que o governo, qualquer governo, não tem as condições operacionais para fazer muito mais do que já se tem feito.
Estima-se que uma obra pública de infra-estrutura leva, na melhor das hipóteses, ou seja, quando não enfrenta nenhum óbice de natureza judicial ou administrativa, 33 meses para sair do papel. Quando se acrescenta a isso o tempo de execução do projeto, fica claríssimo que não se trata de um prazo razoável - para ficar num exemplo, a usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, deve consumir dez anos desde a concepção até a conclusão da obra.
Hoje em dia, há interferências de toda ordem nas decisões de investimento do Poder Executivo. Entidades, como o Tribunal de Contas de União, que deveriam analisar os projetos após a execução, se transformaram em órgãos consultivos. Isto, evidentemente, atrasa as obras, quando não as bloqueia. Embora tenha o mérito de ser um projeto que estrutura a logística do país, o PAC é marcado pela lentidão, e o país tem pressa.

Cristiano Romero : http://blogdofavre.ig.com.br/


O que se fazer em um país onde o analfabetismo literário predomina, a televisão é o principal meio de informação e o povo é passivo a ponto de deixar que coloquem seu país abaixo sem fazer nada? A resposta é desconhecida até então. O problema é quando, o único meio de fazer com que as pessoas criem uma opinião e tenham consciência do que anda acontecendo no Brasil, nos trai, fazendo apenas o necessário para se vender matéria, se tornando veículos de comunicação aproveitadores de oportunidades, o que é verdadeiramente triste.
A mídia brasileira funciona da seguinte forma: aproveita-se ao máximo o acontecimento da semana e espera outro igual ou tão grande para poderem abafar o caso e partir para outra. A exemplo disso, temos o exemplo do acidente com o avião da TAM, o que causou alarde em todo nosso país, nos deixando com um luto eterno por àquelas vítimas do descaso. Não se falava, não se lia, não se ouvia outra coisa, tudo passado pela mídia envolvia o acidente. OK, era de extrema importância se tratar do assunto, e abriu mais ainda a ferida que ronda o sistema aéreo brasileiro, mas o que esta sendo discutido neste artigo, não é a importância das matérias passadas pela mídia e sim a responsabilidade em passar informação com credibilidade e clareza para o público.



NOVA YORK- Barack Hussein Obama cumpre bem o seu papel de Barack Hussein Obama. Ele quer quebrar as barreiras com tato, ambição e determinação. Nada de espetáculo espalhafatoso ou a truculência verbal dos tempos de George W. Bush. Obama surpreendeu ao dar sua primeira entrevista formal como presidente a um canal de televisão do mundo árabe e o tom foi conciliatório. Após a ruptura da era Bush, existe um esforço de conserto. O presidente disse aos muçulmanos que "os americanos não são seus inimigos". Obama falou da necessidade de escutar, não ditar termos e reexaminar os "preconceitos" americanos no Oriente Mëdio.
Há conceitos arraigados. Barack Obama reiterou o compromisso dos EUA com a segurança de Israel e o seu direito à autodefesa, mas sugeriu nesta entrevista que o aliado terá que fazer "sacrifícios" para que haja um Estado palestino viável no futuro. Obama visualiza um grande cenário, no qual a questão palestina não pode ser desvinculada de outros dilemas regionais, como a crise iraniana (aqui ele também acenou com diálogo, embora mantendo a guarda), e faz parte de um amplo arco que alcança o subcontinente indiano.
Em termos imediatos, existe o conflito em Gaza e a dificuldade para que ao menos seja preservado o cessar-fogo. Outra escolha razoável de Obama foi o ex-senador George Mitchell como enviado especial para o Oriente Médio. O homem já está lá, circulando pela região. Vai gastar muita sola de sapato. Mitchell fez o mesmo no ano 2000 quando, na condição de emissário americano, conseguiu irritar israelenses e palestinos (um bom sinal), com recomendações para o congelamento da expansão dos assentamentos judaicos nos territórios ocupados e o repúdio categórico do terrorismo palestino. Seria melhor que escutassem agora, quando as oportunidades diplomáticas são ainda mais estreitas, mas não podem ser descartadas. Um ponto positivo é esta disposição do novo governo americano para um rápido engajamento.
Mitchell não fará milagres (é verdade que costurou um acordo entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte) e Obama não é demagógico a ponto de fixar datas para a criação de um Estado palestino. No cronograma existe a urgência para deter a escalada de destruição e desumanização mútua do inimigo. Obama, é claro, não pode superestimar sua capacidade de conquistar corações e mentes em todas as partes com sua boa prosa.
Maximalistas no mundo árabe-islâmico vão desprezar os gestos conciliatórios. Para eles, Obama já pisou na bola, pois escolheu a televisão Al Arabiya (de capital saudita e mais moderada) para esta entrevista, ao invés da mais estridente Al Jaazera. Do lado israelense, pode ocorrer uma preocupante estridência eleitoral, se Benjamin Netanyahu (o líder da direita) sair consagrado nas eleições de 10 de fevereiro.
Obama cumpre bem o seu papel inicial, mas não é o único dono da cena.



Se as idéias vestissem roupas, hoje, posse do Obama, seria o dia de ver o Bloco das Piranhas passar. Quem era antiamericano até ontem, anti-imperialista até o osso, teria malocado um vestido, tomado um batom emprestado e se travestido não só em crente, mas em crente sorridente nas boas intenções do novo líder daquela que ainda é a maior potência militar e econômica deste planeta. A farda, bem, a farda teria ficado em casa guardada, dobrada.
Fato: idéias não vestem roupas. Mas, mesmo assim, há algo de fantasia, um espírito luxo-originalidade meio Clóvis Bornay, nas opiniões subitamente carnavalescas de quem nunca foi de jogar confete em presidente americano. "Obama veio para mudar", "Obama pode corrigir muitas injustiças globais", "Obama é muito mais sofisticado, não é maniqueísta" – na boa, essa turma de neomadalenas arrependidas sequer ouviu o discurso do Obama? Pode até ser que ele venha a fazer tudo isso, que o diga a voz da esperança audaz (ou histérica), mas, se ele entregar metade do que promete, será do alto de uma "colina", iluminado pelo "farol" do que alguns chamam de "religião cívica americana". A "língua" que o Obama falou hoje é a mesma do Bush, a mesma do Reagan, a mesma do Wilson. A "nação escolhida", a "missão", os "santuários" na forma de campos de batalha, o poder de se transformar olhando para dentro e para cima: esses temas estavam todos lá.
É um exercício anti-histórico, mas creio que, se um caipira republicano tivesse pronunciado o mesmo discurso, os trechos que mais encantaram o "mundo" na boca do Barack seriam os mesmos que fariam a turma trovejar de fúria à moda "No Pasarán". A diferença, que faz dos fardados de ontem as piranhas carnavalescas de hoje, é o ethos da retórica do Obama: o que ele é, o que ele traz, o que ele diz mesmo sem dizer. Em língua de gente, o sujeito é danado. Das duas uma: ou as "piranhas" descobrem isso numa quarta-feira de cinzas qualquer, ou acabarão papadas pelo IMPÉRIO, ao som de Barry White. There ain't no power like soft power, baby.


Mais uma eleição se passou e com certeza continou a permanecer aquela velha e persistente pergunta: será que fizemos a escolha certa? entorno disto se cria uma incógnita. Acredito que ainda podemos mudar o rumo que esse país imenso e diversificado se encontra, basta termos nem que seja o minino de esperança no futuro. Ficar de braços cruzados em frente ao televisor assistindo a sessão da tarde é maravilhoso enquanto o pais se declina no seu proprio mar de lama e caos, por isso digo para todos, LEVANTE-SE!. A hora de mudança pode ser agora ou nunca!. Lute pelo seus direitos, cobre mais dos nossos politicos, procure saber como o dinheiro público está sendo empregado para beneficio da população, ou você é apenas mais um invididuo nas tetas do governo? cuidado, um dia a fonte se esgota... mas acredite nem tudo está perdido!

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